quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

As Miniaturas, Andréa del Fuego

Sinopse

Um romance poético e delicado sobre a ténue fronteira que separa o sonho da realidade.

Num prédio que pode ou não existir, as pessoas acumulam-se numa fila junto ao elevador. É o Edifício Midoro Filho, um marco imponente no centro da cidade, dezenas de andares empilhados numa arquitetura sóbria e funcional. Conforme se espalham pelos corredores, funcionários e visitantes ocupam as salas burocraticamente decoradas.
Cada oneiro atende sempre as mesmas pessoas que não se podem conhecer entre si e tão-pouco manter algum parentesco. Mas o sistema não é infalível e, naquela manhã, o oneiro percebe que o rapaz diante de si é filho de uma das suas clientes.

A partir desse equívoco burocrático, o oneiro abandonará cada vez mais o seu rigoroso código de conduta para se envolver na vida do rapaz e da sua mãe, uma taxista que sobrevive a duras penas após o desaparecimento do marido.

No jogo das pequenas esculturas plásticas que auxiliam os clientes durante as sessões com os oneiros, a autora ilumina as brechas que existem entre o real e o imaginado, o amor e a dedicação, numa prosa de arrebatadora força poética.

As miniaturas de Andréa del Fuego

Críticas de imprensa

«Apesar de suas respeitáveis qualidades e origem – Andréa Del Fuego ganhou em 2011 o Prémio Saramago de Literatura –, As miniaturas não é um livro pedante nem difícil. Lê-se com prazer e em poucas horas, uma vez que se trata de uma novela ágil e bastante interessante, sem os exageros que a fantasia brasileira recente tem insistido oferecer.»
Do site: http://mensagensdohiperespaco.blogspot.com.br


«Fosse escolher uma miniatura para o romance, ela seria um pequeno carrossel. Cada capítulo está fincado no seu lastro, como um cavalinho lustroso. A narrativa se mostra em círculo, em torno do próprio eixo. Um após o outro, vem o Oneiro, vem a Mãe, vem o Filho. Ainda que a grande roda narrativa continue a girar, as versões de cada personagem estão presas ao pino metálico.»
Luiz Nadal, jornal Rascunho


«A situação proposta é a de um prédio “no Centro” (eixo do mundo) de São Paulo, Edifício Midoro Filho – alusão a Artemidoro de Daldis, maior autoridade na Grécia Antiga sobre a interpretação dos sonhos, tendo inclusive influenciado Freud. Uma arquitetura asséptica e funcional para pacientes à espera de mais uma sessão com os oneiros, esses burocratas de uma organização kafkiana e analistas às avessas, que ao invés de escutar induzem sonhos, recorrendo para isso a esculturas plásticas em miniatura.»
Caio Liudvik para o Guia da Folha de São Paulo

OPINIÃO:
Este é um livro diferente. Diferente pela história que conta, diferente pela forma com que está escrito. Uma história de gente um pouco estranha, mas que nos marca pela beleza - beleza das palavras, das acções, no fundo, a beleza do ser humano.
A escritora escreve de forma peculiar, plantando a semente da dúvida na nossa mente... da dúvida, do entusiasmo, da incerteza. 
Já havia lido a outra obra da autora e sabia que esta ia ser uma grande leitura.
Aconselho.

Sem comentários:

Enviar um comentário